Estou...
... c'a neura!
Não sei o que se passa mas fiquei chateado de repente.
Tenho dias assim
Inteligência Artificial
Sempre me considerei um tipo conservador. Só tive um smartphone quando outros já estavam fartos de ter. Só tive internet móvel, quando realmente senti a necessidade de ter, não deixando que me fosse impingido por uma qualquer operadora de telecomunicações. Raramente uso GPS, prefiro decorar um mapa ou criar pontos de referência.
Referi o meu conservadorismo para explicar a grande mudança que fiz em relação à inteligência artificial: experimentei e sou um fervoroso adepto na utilização desta nova tecnologia. Aprendi através de um curso que estou a fazer os benefícios que esta tecnologia poder trazer ao meu dia-a-dia. Criei uma conta no chatgpt. E não é gratuita, é paga para poder usufruir dos recursos que uma conta gratuita não coloca ao meu dispor.
Não sou daqueles que acreditam em tudo o que a internet lhes coloca à frente, tal como não acredito em todas as respostas que o chatgpt me dá. Há que fazer a prompt correta, definir os requisitos a cada pesquisa e colocar os resultados em dúvida, usando para isso toda a experiência que vou acumulando ao longo dos anos.
Uso a inteligência artificial para criar receitas culinárias, textos humorísticos ou enredos de possíveis histórias que talvez um dia possa escrever, para procurar informações, para usar no trabalho, criar projetos. Entendo a facilidade que a inteligência artificial pode proporcionar ao meu dia-a-dia, a qualidade dos trabalhos a serem apresentados, à comparação de textos, à obtenção de propostas ou até à possibilidade de criar uma personagem que interaja comigo, talvez aquele amigo que eu precise num determinado momento.
Estou apenas no início, mas já uso as potencialidades que conheço para me tornar melhor, é claro, tal como já referi, com a desconfiança que é necessária. Se por vezes nem em mim acredito, que sou a pessoa mais importante da minha vida, por que é que irei acreditar numa coisa, numa máquina ou o que é que seja essa inteligência artificial.
O mais importante são as pessoas; pena que alguma julguem que o mais importante é a tecnologia.
2026
Há quem pense nas suas resoluções de ano novo quando o ano acaba, eu optei por fazê-las um mês antes.
Estava a lavar a loiça e a tentar ter uma conversa inteligente comigo mesmo, quando determinei na hora quais os meus grandes objetivos para 2026:
- Perder peso
- Praticar algum desporto, em especial a modalidade que é a minha paixão
- Dar uns passeios de mota, sem grandes destinos, apenas rolar e sentir o vento
- Dar o meu melhor no meu trabalho, tentar liderar o melhor possível e não perder a paciência perante as contrariedades
- Aprender coisas novas, dedicar-me à formação
- Dedicar-me à minha bricolagem, afinal tenho duas casas para tratar
- Sentir-me bem comigo próprio, aprofundar o relacionamento que tenho comigo mesmo
- Passar tempo com os amigos que realmente merecem a minha companhia
- Arranjar um animal de companhia e tratar dele
- Estar com a minha família mais próxima, cuidar dos que mais precisam
- Conseguir cumprir as resoluções, sem pressões ou obrigações, apenas deixando acontecer
- Manter este blogue, atualizá-lo e torná-lo mais interessante para que o meu maior leitor o siga com a mesma satisfação que teve em anos passados
É uma lista ambiciosa? Claro que é. Mas é a minha lista, as minhas resoluções, a minha vida. E quem não gostar... a porta da casa é a serventia da rua.
Lamentos...
Li isto no X:
"Sinceramente, já desisti. Tenho 32 anos, nunca beijei nem transei. Assinei o Tinder Premium por 40 reais e não dei um match. Sinto que fracassei como pessoa, as pessoas têm medo de mim. Minha família pergunta pq eu não namoro, e eu tenho que dar aquele sorriso dizer que não dá"
Não imagina a sorte que tem. Depois de beijar e transar não se quer outra coisa e aí sim vem a parte mais triste, querer e não ter com quem.
Esta malta nova nunca está satisfeita...
E o aniversariante é...
Catorze anos se passaram desde a primeira publicação neste blogue.
É certo que nos últimos anos as publicações não têm tido a periodicidade que eu tanto desejei no início. Afinal foi apenas mais um blogue que iniciei, após experiências noutros 2 anteriores: um terminou porque tinha que terminar, pois marcou uma época, uma estreia neste mundo dos blogues; o outro, um blogue mais descontraído e a ver com outras actividades da minha vida.
Durante estes últimos 14 anos vi desaparecer vários blogues que durante bastante tempo acompanhei. Um em especial devido à passagem do autor antes do combinado para um outro mundo, aquele que todos desejamos que esteja sempre longe; outros por puro cansaço, talvez fartos das críticas, falta de compreensão ou outros motivos.
Pensei diversas vezes em acabar com o blogue, mas possivelmente por pura preguiça fui deixando passar o tempo e de quando em vez ainda por cá passo. Tenho saudades do tempo em que escrever me era muito mais fácil, talvez um escape. Hoje a necessidade não é a mesma e tenho a sorte de conseguir substituir as palavras escritas por palavras ditas, nem que seja pelo telefone, sinal que me abri mais a um mundo e há quem tenha algum prazer em me ouvir.
Em 14 anos muito na minha vida mudou. Entrei na barreira dos entas, conheci pessoas, travei amizades, cresci profissionalmente, preocupei-me mais comigo e também por outros. Em resumo, cresci.
E sim, hoje este espaço que apesar de meu já foi de muitos, faz 14 anos de existência e os meus parabéns são não para o autor, mas para a esperança que este espaço um dia foi. Não desapareceu ainda, mas anseia por novos momentos.
Talvez fique a promessa...
Após ter voltado a este espaço que, apesar de ser meu, também o é de alguma forma de quem tem o azar de por cá passar, levou-me a remexer em algumas memórias, tanto do meu disco quase rígido interno e que aos poucos se vai deteriorando, mas também do que escrevi desde há 13 anos, duração deste blogue.
Veio-me logo à memória parte do refrão da música "Velhos amigos" do cantor António Sala:
Onde estão os meus velhos amigos,
Onde estão? O que é feito de vós?
Onde estão os meus velhos amigos,
Tanto tempo passou entre nós.
Poucos são os blogues que se mantêm no ativo. A maioria, tal como o meu até ao dia de ontem, pararam no tempo e não mais tiveram a sorte de ser devidamente atualizados. Não que não continuem a ser visitados; a verdade é que os autores seguiram em frente, talvez esquecendo da maravilha que um dia foi criada e alimentada e que num ápice passou a ser apenas memória.
Pensando bem os bloques foram apenas mais uma moda ou mania da época. O mesmo aconteceu com muitas redes sociais. O mundo anda agora muito mais depressa e os recursos são muito maiores. É mais fácil partilhar conteúdos que outros criaram que perder tempo a criar novos. Entendo perfeitamente, a vida anda mais depressa, vive-se muito mais rápido e o passado é apenas história.
Termino esta reflexão com uma música obtida através do perfil de um leitor deste espaço. Mal traduzido será "a coisa triste", talvez com a esperança de deixar a tristeza fora deste espaço.